segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Todos nós podemos fazer flores a partir de flechas


"Na noite anterior à sua iluminação, Buda foi atacado por Mara, o Tentador, o Maligno. Mara e o seu exército de demónios atiraram milhares de setas a Buda, mas, quando as flechas estavam prestes a atingi-lo, transformaram-se em flores e caíram, inofensivas, aos seus pés.

Esta é uma imagem extraordinária. Todos nós podemos praticar para que, ao recebermos palavras e acções violentas, tal como Buda, as transformemos em flores. O poder da compreensão e da compaixão dá-nos a capacidade de o fazer. Todos nós podemos fazer flores a partir de flechas."

Esta é uma transcrição literal do livro "Criar a verdadeira paz" do Venerável Thich Nhat Hanh, monge budista da escola Zen. Este vietnamita nasceu em 1926 e tornou-se monge aos 16 anos. Viveu a guerra do Vietname esforçando-se por reconciliar as facções Norte e Sul mas foi obrigado a exilar-se em 1966 pelos seus esforços terem sido entendidos como uma forma de sabotagem. Parece incrível mas ainda hoje, depois de tantos anos, está proibido de voltar à sua terra natal.
Sendo um dos seus maiores divulgadores, foi a partir dos EUA que divulgou o Budismo no Ocidente, particularmente formas não violentas de resistência e desobediência civil. Fundou diversas instituições de apoio a refugiados e teve um papel preponderante no estabelecimento do acordo de paz entre os EUA e o Vietname do Norte.
Foi em 1967 que Martin Luther King o nomeou para Prémio Nobel da Paz. Em 1991, Thich Nhat Hanh fundou um retiro de meditação no Sul de França, onde vive com monges, monjas e leigos, dedicando-se à escrita, ao ensino e à jardinagem. As suas conferências por todo o mundo sobre a paz e a não-agressão continuam a ter uma assistência de milhares de pessoas.


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